Uma cadela na Alemanha deu à luz 17 filhotes da raça Rhodesian Ridgeback, deixando sua dona, Ramona Wegemann, feliz e ao mesmo tempo cansada ao ter que alimentar os pequenos por semanas já que a mãe deles não consegue dar conta. Os 17 cachorrinhos nasceram no dia 28 de setembro na cidade de Ebereschenhof, próxima a Berlim.
Ramona disse que não consegue dormir há semanas por conta do trabalho que ela considera exaustivo. “Quando termino de alimentar o último filhote, o primeiro já está com fome novamente”, disse. Cinco vezes ao dia ela dá aos cachorrinhos uma mamadeira com um leite especial porque a cadela, chamada de Etana, não consegue dar conta de tantos filhotes. “Quando os cachorros não estão com fome, querem brincar”, disse Ramona.
Quando uma cadela dá à luz tantos filhotes, é comum alguns morrerem nas primeiras semanas, o que não aconteceu com os cachorrinhos de Etana. A quantidade de filhotes mudou a vida de Ramona, que cuida em tempo integral dos cachorros. "O parto levou 26 horas e cuidar deles me obrigou a largar o seu trabalho como psiquiatra de animais.
Conheça a raça
A raça Rhodesian Ridgeback se originou na região do Zimbabwe (antiga Rodésia), através do cruzamento de várias raças provenientes da Europa com os cães de um povo nômade conhecido como Khoikoi, os Hottentots. Este povo, que se originou na Etiópia séculos antes de serem encontrados pelos europeus no sul da África, possuía um tipo de cão bastante peculiar: semi-selvagem, tamanho regular, orelhas de porte alto e com uma interessante inversão de pêlo no dorso, conhecidos como "Ridge Dogs". Estes animais tinham temperamento ruim e características de guarda e caça.
A primeira menção desses cães, pertencentes aos Hottentots data de 1719. Entretanto, existe a possibilidade de ancestrais dessa raça serem muito mais antigos. Existem murais egípcios, que datam de 4.000 AC, que retratam cães e parece que um deles tinha uma crista.
A raça foi desenvolvida na África em uma época onde leões, leopardos, hienas e outras feras existiam em grande número, o que representava um perigo iminente para os moradores das fazendas e os animais que lá criavam. Era preciso ter um animal que protegesse de forma eficaz as propriedades, além de acompanhar os caçadores em uma região tomada pela vegetação nativa e que, àquela época, não possuía estradas.
Ao longo do tempo demonstrou ser um animal raro: é capaz de farejar, rastear e acuar um intruso mesmo sob circunstâncias bastante adversas. É bastante ágil, ativo, forte, veloz, resistente e capaz de cobrir longas distâncias.
A raça não foi desenvolvida para matar os animais que caça, mas sim, acuar, intimidar e dominar as presas, sem tocá-las ou agredi-las fisicamente. Característica muito útil para caça de animais vivos e até mesmo para a sobrevivência do Rhodesian, uma vez que, aproximar-se demasiado de uma fera - como um leão, por exemplo - seria fatal.
Os cães faziam com que o leão corresse até a exaustão, de forma a acuá-lo. E com a fera exaurida, era fácil para os caçadores capturarem com auxílio de redes. O processo de caça era bastante demorado, podendo durar 2, 3 dias e a informação que obtivemos é que os cães mostravam-se muito resistentes, correndo durante todo o tempo, sem parar sequer para beber água.
Com informações do G1
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