Ringo

Não sei quando começou, mas acredito que minha vontade de entender melhor e conviver com cães teve início com meu primeiro amigo canino, Ringo. Um pequeno vira-latas preto muito bonito e simpático. Conheço ele mais de histórias do que de lembranças. Mesmo assim, acredito que ele foi o meu primeiro bom amigo.

Contam que ele me protegia e me guiava quando eu ainda era bebê. E que aceitava, sem reclamar, todas as brincadeiras “pesadas” que só um bebê pode submeter um bicho de estimação.

Na minha lembrança infantil, ele sumiu num dia em que esqueceram o portão de casa aberto. Hoje, conhecendo várias desculpas que adultos dão para crianças aflitas, acho que o destino dele pode ter sido outro. Como isso faz muito tempo, certamente já não está mais nesse mundo.

Dele eu aprendi que é possível ser diferente e se respeitar, se cuidar e até amar. Ele foi o único cachorro que minha mãe aceitou em casa em toda a minha vida. Quando ele sumiu veio um filhote chamado Pingo, mas que por ser muito “elétrico” foi morar na granja de um amigo.

Enfim, Ringo deixou saudades e sempre terá um espaço para ele na minha casa.

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