Ao invés de culpar os animais irracionais ou mesmo determinadas raças caninas, vamos aprender melhor o que fazer para evitar sermos atacados e o que fazer se formos atacados. Abaixo, matéria a este respeito da Agência Estado:
Freqüentemente aparecem notícias de crianças ou adultos mordidos por cachorros - em alguns casos com desfechos trágicos, como o do aposentado Haroldo da Silva, de 76 anos, atacado pelo seu próprio cão pit bull na noite de 31 de agosto. Os cães dessa raça, assustadores até em fotos, figuram entre os principais agressores. Eles não são, porém, os únicos animais que podem se tornar perigosos por causa de suas dentadas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que, a cada ano, mais de 12 milhões de pessoas no mundo sejam alvos de mordidas de cachorros e serpentes ou de picadas de escorpiões e de outros animais venenosos. "Mordidas de cães são muito mais comuns do que se pensa", informa o infectologista Cláudio Gonsalez, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. "Felizmente, as complicações que poderiam ocorrer por estas mordidas, como infecções, raiva e tétano, não são tão comuns", completa.
O infectologista alerta: é preciso ter muito cuidado ao tratar os ferimentos provocados por animais. Toda mordida deve ser avaliada por um médico, mas é recomendável tomar algumas providências antes de se dirigir ao hospital. Tente controlar o pânico desencadeado pelo ataque e busque desinfetar o local atingido. "A primeira coisa a se fazer é lavar a ferida com água e sabão", avisa Gonsalez. Cuidados simples como esse podem fazer com que o tratamento posterior obtenha resultados melhores.
Após lavar a ferida, a vítima deve deixá-la aberta e procurar um especialista. É ele quem irá indicar o melhor tratamento - além de realizar suturas e cirurgias caso a mordida tenha arrancado pedaços ou lesado nervos da vítima. Segundo Gonsalez, toda mordida pode gerar um quadro bacteriano. Para contorná-lo, o médico poderá prescrever antibióticos profiláticos.
DE OLHO NO ANIMAL AGRESSOR - Infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Gilberto Turcato lembra que o animal agressor não deve ser sacrificado. "O cão ficará em observação por dez dias", diz o médico. Este procedimento é adotado em qualquer situação de risco causada por cão ou gato. Mais grave do que as infecções é a raiva, doença que, caso se instale na vítima, é fatal em 100% dos casos. O tétano também pode levar a óbito se não for tratado rapidamente.
Turcato chama a atenção para as vacinas, que não devem ser dadas somente no animal, mas aplicadas também em todos que desejam se prevenir do tétano. "A primeira dose é na idade pré-escolar e, dali em diante, a pessoa deve fazer um reforço de dez em dez anos para afastar o risco completamente", aconselha o médico.
PROTEJA-SE: (Associação Nacional Norte-Americana dos Carteiros)
- Não corra do cachorro. O instinto do animal dirá para ele correr e capturar a presa. Se o cachorro rosnar, não grite. Evite o contato visual;
- Tente permanecer imóvel até que o cachorro deixe o local. Então saia devagar até que não consiga mais vê-lo;
- Não se aproxime de um cachorro desconhecido, ainda mais se ele estiver confinado;
- Nunca deixe crianças pequenas sozinhas em companhia de cães. Eles podem atacá-las e avançar também em quem tentar se aproximar da criança.
Ataque de cães: todo cuidado é pouco
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