Cães de defesa e de ataque

Já de cara afirmo que não há raças de cães assassinos. A raça não define se o cão é agressivo ou não. Quem decide isso é a índole de cada indivíduo e como ele é criado e tratado em sua "matilha". O que existe são temperamentos mais calmos ou mais agitados.

Agora vem minha opinião. Deixe os cães muito ativos com alto índice de energia para os profissionais. Este tipo de cão precisa de espaço e disciplina por muito tempo. É ideal para quem precisa ter um cão "disposto" a qualquer hora, mas tem disposição para estar com ele o tempo todo.

Bombeiros, policiais, donos de fazenda que lidam com gado ou outros animais que precisam ser pastorados vão conseguir oferecer as atividades que o cachorro precisa durante a vida para não ficar entediado e terão todo o controle que necessitam.

Para os demais cidadão do mundo, os cães seguidores ou mesmo os submissos são os ideais. São animais que não ficarão disputando a liderança com o dono a cada meia hora e vão ficar satisfeito em ter apenas uma hora de exercício por dia. Serão felizes e deixarão seus donos felizes.

Se você acha que precisa ter um cão bravo ou agressivo para proteger sua casa, saiba que está enganado. Um cão bravo só traz problemas. Se ele é agressivo é porque não está sendo tratado de acordo com suas necessidades, além disso é um perigo em potencial até para o dono.

Todo cão já tem, naturalmente, o instinto de defesa e de proteção do território e da matilha. Não é preciso "ensinar" ele a fazer isso. Muito menos a morder. Aliás, os adestradores responsáveis ensinam justamente o contrário. Os ensina a soltar sob comando.

Um bom cão de guarda é aquele que sabe latir na hora certa e pelos motivos certos. Um cão agressivo ou late por qualquer coisa, ou não late e ataca de espreita. Nos dois casos pode tornar a vida dos donos um inferno.

O latido sem fim é um problema óbvio. Mas o cão que ataca e fere ou mata alguém, mesmo que seja um ladrão, trará complicações para seus donos na Justiça. Isso sem falar na possibilidade, infelizmente já registrada algumas vezes, de o ataque ser contra uma criança que tenha pulado o muro atrás de uma bola.

Temos que acabar com a cultura de tratar os bichos como objetos. Eles têm necessidades básicas que, mesmo os animais "utilitários" precisam ter respeitadas. Isso torna a convivência mais interessante e muito mais feliz para todos. Seja inteligente.