Homenagem do JP

O Jornal da Paraíba desta quarta-feira (12), na coluna Calçadão, homenageou o cão Asterix, da Polícia Federal em Campina Grande.

O cão farejador Asterix, que participa das operações de investigações de tráfico de drogas e pertence ao canil da Polícia Federal em Campina Grande, completou sete anos ontem. Ele é o único cão da sede da PF em atividade, pois o outro está aposentado. Asterix consegue localizar cocaína, crack e maconha.

Saiba como preparar o cão para a chegada do bebê

A chegada de uma criança mexe com toda a família e afeta também os animais. Nem todo cão gosta de "dividir" o dono com outros adultos e quando a atenção é compartilhada com um pequeno ser, que de repende invadiu a casa, chora e tem um cheiro estranho, todo cuidado é pouco.

Especialistas em comportamento animal são unânimes: o bicho não pode ser esquecido e, como um "irmão mais velho", precisa ser preparado para a chegada do bebê.

O veterinário especialista em comportamento animal Mauro Lantzman diz ao G1 que a preparação deve começar antes do nascimento do bebê, quando a mulher descobre a gravidez.

“Não dá para se preocupar só depois da chegada da criança. O animal era o centro das atenções, foi mimado, tem até lugar no sofá. De repente, o dono resolve mudar a rotina dele. Proíbe tudo, coloca para fora de casa e não dá mais atenção. Isso não pode acontecer”, diz Lantzman.

A psicóloga e médica veterinária especialista em comportamento animal Hannelore Fuchs explica que qualquer mudança na rotina deve ser feita de maneira gradual, durante a gravidez. “O ideal é evitar mudanças drásticas na rotina para que o cão não sofra. Quem passava muito tempo com o cão tem de diminuir a convivência aos poucos até que ele consiga ficar sozinho, mas jamais esquecê-lo.”

Para que não estranhe a chegada do bebê, o cão precisa participar do convívio familiar e entender que a casa terá mudanças. Uma das sugestões de Lantzman é deixar o cão cheirar o enxoval e os objetos do bebê. “É indicado mostrar as peças de roupa, o quarto do bebê, compartilhar as coisas novas. Com essa percepção de odor, o cão começa a se habituar. É como explicar a ele o que está acontecendo.”

A instalação de grades móveis entre os cômodos da casa é uma forma de separar de um jeito menos drástico, conforme explica Hannelore. “As grades são boas opções, pois separam fisicamente, mas ao mesmo tempo o cão consegue ouvir e sentir o cheiro.”

Outra estratégia para lidar com cães mais possessivos é usar uma boneca como se fosse uma criança, durante a gravidez. “É possível pegar a boneca e fazer de conta que é um bebê, para o cão se acostumar. Ele vai perceber que o colo da dona vai ser compartilhado. Agora, o dono é que vai convidá-lo no momento de receber carinho”, diz Hannelore.

A orientação fundamental é que os donos nunca devem deixar o bicho, por mais confiável que seja, sozinho com o bebê. “Não é fácil e não adianta pensar que não haverá problemas. O dono vai ter que treinar e supervisionar o animal, ajustar a rotina do bicho com a de um bebê e isso é muito complicado”, diz Hannelore.

Miguel e Pitanga

A dona-de-casa Rita Gomes, de 35 anos, foi protagonista de uma experiência positiva. Dona da vira-lata Pitanga, hoje com 4 anos, ela e o marido tiveram um árduo trabalho para adaptá-la à chegada de Miguel, de 1 ano e meio, mas conseguiram.

A gravidez de Rita não foi planejada. E, logo no primeiro dia em que ela se descobriu grávida, o casal começou a preparar Pitanga.

Segundo Rita, Pitanga foi adotada castrada aos 6 meses e vivia no apartamento do casal, sem contato com estranhos. Ela nunca avançou em crianças, mas ficava agitada. “Tentamos não mudar a rotina. Ela sempre teve livre acesso a todas as áreas da casa e pensamos muito nisso. Até hoje, é ela quem dorme na cama com a gente e o Miguel fica no berço”, diz Rita.

Ela conta que sempre permitiu que Pitanga cheirasse o enxoval. Ela pôde até entrar no berço do bebê.

“No dia em que Miguel nasceu, meu marido trouxe a frauda para Pitanga cheirar e veio dormir em casa para não deixá-la sozinha, enquanto fiquei no hospital com um tio. Quando recebi alta, eu cheguei em casa com o Miguel no colo. Ela estava no colo do meu marido e, primeiro, cheirou o bebê. Depois, começou a lamber e então começou a paixão dos dois”, diz Rita.

Rita afirma que o segredo para uma convivência harmônica é o respeito. “Pitanga é da família tanto quanto o Miguel. Não crio diferença entre eles. Trato ela como se fosse gente e ela me entende como se fosse gente.”

Rita se orgulha em dizer que é mãe de dois filhos, Pitanga e Miguel. Mas como em qualquer família, ela teve de enfrentar uma briga de irmãos. “Um dia, estávamos na cama, ele pulou e se jogou em cima dela algumas vezes. Para se defender, ela mordeu de leve, mas o ferimento chegou a sangrar. Depois desse incidente, percebemos que ele estava avançando no território dela. Agora, não deixo os dois sozinhos.”
Convivência impossível

Há casos em que a convivência é impossível. Muitos cães são agressivos, vivem isolados de estranhos e podem estranhar tremendamente uma criança. Não é aconselhável forçar uma adaptação. “Há bichos terríveis, difíceis de socializar. O gestual de uma criança, a falta de coordenação, a gritaria podem irritar um animal. É indicado que a condição do bicho seja avaliada por um veterinário”, diz Lantzman.

Gatos

De acordo com Lantzman, gatos são muito territoriais e a chegada de qualquer um - seja bebê, adulto ou outro animal - pode levá-lo a ter um comportamento territorial mais acentuado, que pode incluir a agressividade. Uma das orientações é castrar o animal, porque interfere na agressividade e ele se torna mais aceitável em relação à questão de território.

Matéria de Luciana Rossetto, do G1

Um monumento chamado Akita

Protetor, prudente, afetuoso e corajoso. Excelente para crianças por ser muito paciente. Late pouco, nunca desnecessariamente, e é muito seguro de si. Este é o Akita, cachorro considerado monumento nacional no Japão. Possessivo com seu território, ele foi, até meados do século 19, propriedade exclusiva de samurais e seus senhores. Na guarda, seu comportamento não é ostensivo, como pode-se observar nos Dobermanns, por exemplo. Seguindo a tradição japonesa, o Akita mantém-se sempre em um local que ofereça boa visibilidade e se desloca apenas se achar necessário.

É também muito apegado ao dono, sendo considerado "cão de um dono só", sofre muito quando abandonado e, muitas vezes, não consegue se adaptar a um novo senhor. Além disso, de acordo com o livro "A Inteligência dos Cães", do especialista Stanley Coren, O Akita tem imensa dificuldade em aceitar ordens de estranhos – o que faz dele um ótimo guardião de propriedades e excelente companhia pessoal.

Lealdade acima de tudo

Uma das histórias mais célebres do Akita, e que ajudou a transformá-lo, definitivamente, em monumento nacional japonês, teve como protagonista um cão chamado Hachiko, na década de 1930.

Todo ano, em 8 de abril, ocorre uma cerimônia solene na estação de trem de Shibuya, em Tóquio. Centenas de amantes de cães se reúnem em homenagem à lealdade e à devoção de Hachiko, fiel companheiro do dr. Eisaburo Ueno, um professor da Universidade de Tóquio.

Em 1924, Hachiko foi enviado a casa de seu futuro proprietário, o Dr. Eisaburo Ueno, um professor do Departamento Agrícola da Universidade de Tóquio. A história dá conta de que o professor ansiava por ter um Akita há anos, e que tão logo recebeu seu almejado cãozinho, deu-lhe o nome de Hachi e, logo em seguida, passou a chamá-lo, carinhosamente, pelo diminutivo, Hachiko. Foi uma espécie de 'amor à primeira vista', pois, desde então, se tornariam amigos inseparáveis! O professor Ueno morava em Shibuya, subúrbio de Tóquio, perto da estação de trem de mesmo nome. Como fazia do trem seu meio de transporte diário até o local de trabalho, já era parte integrante da rotina de Hachiko acompanhar seu dono todas as manhãs. Caminhavam juntos o percurso que ia de casa à estação de Shibuya. Mas, ainda mais incrível era o fato de que Hachiko parecia ter um relógio interno e sempre, às 15h, retornava à estação para encontrar o professor, que desembarcava do trem da tarde, para acompanhá-lo no percurso de volta à casa.

Entretanto, algo de trágico estava para acontecer no dia 21 de maio de 1925. Hachiko, que na época tinha pouco menos de dois anos de idade, à hora certa, lá estava na estação como de costume, pacientemente à espera de seu dono. Só que o professor Ueno não retornaria naquela tarde de 21 de maio – sofrera um derrame fatal na Universidade. Naquele dia, o leal e fiel Akita esperou por seu dono até de madrugada.

Após a morte do professor Eisaburo Ueno, conta a história que seus parentes e amigos passaram a tomar conta de Hachiko. Mas, tão forte era o vínculo de afeto para com seu amado dono, que, no dia seguinte à morte do professor, ele retornou à estação para esperá-lo. Retornou todos os dias, manhã e tarde à mesma hora, na incansável esperança de reencontrá-lo, vê-lo despontar da estação de Shibuya. Às vezes, não retornava à casa por dias.

Foi assim por dez anos seguidos, repetindo a mesma rotina, razão pela qual já era presença familiar e pitoresca para o povo que afluía à estação. E ainda que, com o transcorrer dos anos, já estivesse visivelmente debilitado em conseqüência de artrite, Hachiko mantinha-se firme em sua vigília. Nada nem ninguém o desencorajava de sua peregrinação.

A história teve seu triste clímax em 8 de março de 1935, quando, aos 11 anos e 4 meses, Hachiko foi encontrado morto no mesmo lugar da estação onde, por anos a fio, esperou pacientemente por seu dono.

Hachiko, como não poderia deixar de ser, tornou-se um marco, um referencial de amizade talvez jamais igualável em qualquer era anterior ou futura na história japonesa. Sua lealdade recebeu o reconhecimento de todo o Japão. Em 21 de abril de 1934, um ano antes de sua morte, uma pequena estátua de Hachiko, feita de bronze pelo famoso artista japonês Ando Teru, foi desvelada em sua honra numa cerimônia perto à entrada da estação de Shibuya. Era a memória de Hachiko sendo imortalizada.

A origem da raça

Acredita-se que havia uma grande migração de pessoas entre o Japão e o restante da Ásia antes que essas duas áreas se separassem. Foi durante esta época que os cães foram introduzidos no Japão. Ossos de cães do tipo Spitz foram encontrados em sepulturas da Era Jomon (8000 a.C. a 300 a.C). Após a separação das ilhas que compõem o Japão da grande massa de terra, as embarcações passaram a ser necessárias para se viajar entre as ilhas e o continente – o que diminuiu muito a migração.

A diferenciação entre os cães do tipo Spitz iniciou-se a partir do isolamento das regiões, e os cães tornaram-se mais apropriados para as necessidades de caça de cada área. Estes cães tornaram-se menos genéricos em aparência com a diminuição da variedade de cruzamentos. A partir do final da Era Jomon, a caça tornou-se popular e muitos ossos de cães foram encontrados junto a outros restos mortais, especialmente na parte nordeste do Japão, junto ao Oceano Pacífico. Mais tarde, na Era Yayoi (300 a.C. a 300 d.C), houve uma diminuição do número de ossos caninos encontrados em sepulturas. Porém, os cães representados em pratos e estatuetas de barro desta era têm as orelhas eretas e a cauda enrolada, como os atuais cães japoneses.

Existem também referências a cães em alguns livros de história japonesa, como o Kojiki (uma crônica do Japão Medieval, de 712 d.C) e Nihon Shoki (As Crônicas do Japão, da era Yayoi). Na Era Kamakura (1192- 1333) há relatos sobre cães de briga – também muito populares na Era Edo (1603 a 1868).

Monumento Nacional

O início da preservação dos cães nativos japoneses deu-se pelo crescente nacionalismo japonês no século 20. Na medida em que o interesse dos japoneses começou a focar-se em sua própria história e cultura, eles começaram a prestar mais atenção aos cães que sempre estiveram presentes no Japão.

Felizmente, o isolamento rural do norte do país permitiu que a caça continuasse a ser uma importante fonte de alimentos. Quando a atenção voltou-se para os cães nativos, os Matagi Inu (cães de caça) ainda podiam ser encontrados para servir como base de criação.

Um nome de grande importância no movimento preservacionista foi o do professor Shozaburo Watase, que publicou um artigo sobre os cães japoneses em 1915. Ele também começou a palestrar sobre este assunto e fundou um comitê histórico preservacionista para o Ministério de Assuntos de Estado. Em 1919, sob sua liderança, uma lei para a preservação de espécies do Japão foi aprovada. Nessa época, a raça Akita encontrava-se em grande declínio dentre as raças japonesas, não só em números como também em pureza, devido aos diversos cruzamentos com cães de briga Tosa e cães ocidentais.

Em 1920, o professor Watase foi a Odate para pesquisar os Akitas da região. Porém, ficou desapontado ao constatar que, devido à falta de uniformidade dos cães, ele não poderia designar nenhum deles como monumento nacional. Nessa época, as brigas de cães ainda eram muito populares e a ênfase na criação dos cães era muito maior na habilidade de briga do que na aparência do cão. Antes de deixar Odate, o professor convocou os apreciadores dos cães Akita a preservar a raça antes que ela se extinguisse. No início da Era Showa (1926 a 1988), em 1927, o prefeito de Odate, Shigeie Izumi, contrário aos cruzamentos entre os cães de Odate com outras raças, principalmente com o Tosa, fundou a Sociedade Akita Inu Hozankai (Akiho), num esforço para preservar a pureza da raça de Odate. Ao mesmo tempo, as brigas de cães, gradualmente, foram perdendo popularidade.

Devido a uma grande preocupação da população com a sobrevivência dos cães japoneses, em junho de 1928 fundou-se o Nipponken Hozonkai (Nippo), organização para os cães Akita, Hokkaido, Shiba, Kai, Kishu e Shikoku. O Nippo passou a registrar cães japoneses, a publicar um boletim e a organizar exposições.

Na primavera de 1931, um grupo liderado pelo dr. Tokio Kaburagi foi a Odate pela segunda vez com a disposição de que o Akita deveria ser restaurado ao que se acreditava ser o tipo puro do cão japonês. Finalmente, em julho de 1931, o governo japonês declarou o grande cão do Japão como um Monumento Nacional. A raça foi finalmente batizada com o nome da região onde se originou, passando a ser conhecida como Akita Inu.

Do imigracaojaponesa.terra.com.br

Confira dicas para encontrar o cão ideal

Da Revista da Hora

Comprar um cachorro exige responsabilidade. Confira abaixo dicas para encontrar o cão ideal.

Cuidados ao comprar

- Em primeiro lugar, considere aspectos como espaço físico e tempo disponível para cuidar do cachorro. Lembre-se de que o animal é um ser social e precisa interagir com seu dono.

- Leve em conta o sexo do animal. Machos tendem a urinar para demarcar território e, geralmente, são mais agressivos. Já as fêmeas entram no cio a cada seis meses, dependendo da raça, e podem engravidar ou sujar a casa com secreções nesse período. A castração pode resolver o problema.

- Comprar filhotes facilita. Quanto menor a idade, mais facilmente os cães são condicionados e não criam vícios. Mas lembre-se de que eles destroem objetos no primeiro ano de vida.

- Cães SRD (sem raça definida) são uma opção, mas leve em conta que é difícil prever o quanto vão crescer e como será o seu comportamento. Essa previsão é mais fácil em animais de raça pura.

- Compre o animal em um canil de confiança. De preferência, consulte antes um veterinário para ajudá-lo na escolha da raça mais adequada.

- Certifique-se das condições de saúde do cão ao adquiri-lo. Confira se já está vacinado e leve-o para avaliação em um veterinário.

Raças

Para crianças
O cão deve ter temperamento dócil e porte pequeno ou médio, para não derrubar ou machucar as crianças. Prefira animais jovens, pois os mais velhos são menos tolerantes a brincadeiras. Animais de pelagem longa também podem se irritar com os puxões da meninada.
Beagle
Boxer
Buldogue Inglês
Buldogue Francês
Cocker Spaniel Inglês
Collie de pêlo curto
Labrador
Poodle
Terrier Brasileiro (Fox Paulistinha)

Para espaços pequenos
Os cachorros ideais devem ter porte pequeno e, de preferência, pêlo curto, para facilitar a higiene. Se a pessoa mora em condomínio, o ideal é evitar animais que latem muito, como é comum em raças menores. Em casos extremos, um adestrador pode resolver o problema.

Buldogue
Buldogue Francês
Dachshund
Poodle toy
Schnauzer miniatura

Para pessoas carentes
São cães muito dependentes de carinho e afeto. Têm uma ligação forte com seus donos, a ponto de rodeá-los e, em alguns casos, até pedirem colo. São ideais para quem busca afagos e atenção do seu pet.
Lhasa Apso
Maltês
Poodle
Shih Tzu
Yorkshire Terrier

Independentes
São cachorros que não gostam de ficar junto aos seus donos o tempo todo. Têm um temperamento mais autônomo e valorizam o seu espaço. Mas, cuidado: algumas raças, como a Akita e a Chow Chow, também tendem a ser agressivas.
Akita
Basset Hound
Chow Chow
Husky Siberiano

Tranqüilos
É o caso de animais menos ativos fisicamente, ideais para quem não gosta de muita festa e agitação. Geralmente, são de raças de portes maiores, pois os cães pequeninos são naturalmente mais "acelerados".
Basset Hound
Collie
Dálmata
Weimaraner

Ativos
Esses animais são agitados e precisam de exercícios físicos diários para se manterem em forma e não ganharem sobrepeso. São companhias ideais para quem gosta de correr e caminhar com regularidade.
Border Collie
Cocker Spaniel
Dogue Alemão
Golden Retriever
Labrador
Mastiff
Pastor Alemão
Springer Spaniel Inglês

Para garantir a segurança
Os cachorros mais adequados têm como característica a defesa territorial e um porte físico maior, garantindo-lhes força e poder de intimidação. Algumas raças, como a American Pit Bull, podem ter temperamento instável e não são indicadas para crianças
American Pit Bull Terrier
Bull Terrier
Dobermann
Pastor Alemão
Rottweiler
São Bernardo

Fonte: veterinária Tânia Parra Fernandes, da Universidade Metodista.

Após proibição, donos planejam levar cães para cortar orelha no exterior

Depois de pouco mais de uma semana de publicada oficialmente pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária, a medida que proíbe cirurgias plásticas estéticas em cães e gatos fez com que alguns criadores considerassem a possibilidade de levar seus cães para fazer essas cirurgias no exterior.

Segundo um veterinário que preferiu não se identificar, com a decisão, o mercado paralelo que executa as cirurgias está trabalhando muito mais. “Como profissionais não podemos mais executar o serviço por causa da determinação, mas os leigos continuam a fazer a mesma coisa”, conta ao G1.

Devido à exigência de algumas características de cada raça, como no caso dos dobermans com o corte das orelhas, o veterinário diz que alguns criadores já estão se mobilizando para executar esse serviço na Argentina. “Essa decisão só polemizou a ação, mas os donos e criadores continuam querendo as mesmas peculiaridades da raça”, afirma.

Ainda de acordo com o veterinário, que é criador de dobermans há 24 anos, a cirurgia não traz nenhum risco ao animal e tem cicatrização muito rápida. “O corte da orelha dos dobermans, por exemplo, acaba por proteger o animal. Evita machucados na orelha, permite mais higiene e aumenta a imunidade dos cães”, explica.

Prejuízos

Já para a veterinária Júlia Maria Matera, professora do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), a cirurgia estética como forma de higiene e bem-estar para os cães é um equívoco. “A cirurgia gera um sofrimento para o animal e, além de não ter nenhum benefício, pode ser feita de forma inadequada. Com o corte de orelha você expõe o conduto auditivo do cão e tira a proteção dele”, diz a especialista ao G1. Segundo Júlia, a USP não executa cirurgias plásticas estéticas em animais desde a década de 90.

Ainda de acordo com a professora, a retirada das unhas de gatos é o pior dos procedimentos proibidos pelo Conselho. “Sem as unhas, o gato não consegue mais pertencer ao seu habitat natural. As unhas não servem apenas para defesa, mas permitem que o animal se movimente melhor e sem elas ele perde parte de sua mobilidade”, explica.

Com relação ao corte da cauda de algumas raças de cães, Júlia esclarece que o procedimento também é prejudicial ao animal. “A cauda é um instrumento de demonstração de algumas situações por que o cão passa e é também o ponto de equilíbrio do animal”, destaca.

Júlia afirma que, mesmo com as orelhas inteiras, os cães podem participar de disputas e exposições internacionais. "Hoje em dia esse padrão não é mais motivo para a desclassificação dos cães. Eles podem participar.", diz.

Benefícios

A fisioterapeuta Luciane Collich, que cria dobermans há cerca de 20 anos, conta ao G1 que o único de seus cães que não teve a orelha cortada enfrentou problemas. “Era o primeiro cão da espécie que eu tive e, por dó, acabei deixando as orelhas, mas ele pagou um preço bem caro. Teve ruptura de uma artéria na orelha, além de problemas com higiene”, diz.

Luciane mora em uma chácara e afirma que, como outros criadores, pretende se mobilizar para reverter a medida. “Para nós é muito problemático, por uma questão de higiene. Além disso, a cirurgia pode favorecer o bem-estar do animal também”, afirma.

Questionada sobre a possibilidade de levar os filhotes de sua próxima ninhada para o exterior, Luciane diz que, se não houver a suspensão dessa medida, alguma alternativa será encontrada por ela e por todos os outros criadores. “É óbvio que os criadores vão acabar optando por isso. Esteticamente é necessário para criadores que expõem seus cães, e é melhor por causa da saúde, então você acaba tendo que ir para o Uruguai ou a Argentina, que são países próximos onde as cirurgias são autorizadas.”

E desabafa: “Eu corto as orelhas de meus cães há anos com o mesmo profissional, que é próximo. Agora, além de ter que ser com um desconhecido, não teremos acesso a uma assistência posterior. O conselho tem que pensar melhor nessa decisão porque muitos cães vão ficar prejudicados e muita gente vai ganhar dinheiro sem poder com isso”.

Proibição

Desde 19 de março, o Conselho Federal de Medicina Veterinária proibiu as cirurgias estéticas em animais. A partir de então, procedimentos como corte de orelhas de cães e retirada de unhas de gatos só devem ser feitos com recomendação do veterinário, e não por critérios de estética. Antes da medida, as cirurgias estéticas em cães e gatos eram feitas facilmente; bastava o dono ir a uma clínica e demonstrar o desejo de mudar o visual do bichinho de estimação.

Segundo o presidente do Conselho, o veterinário Benedito Fortes de Arruda, a medida pretende preservar os animais. “Nós entendemos que o animal deve ser respeitado e considerado como um ser que sente dor e angústia. Como veterinários, somos responsáveis pelo bem-estar do animal, por isso, por se tratarem de cirurgias que não trazem nenhum benefício, apenas estético, entendemos que tudo aquilo que marca e impede o comportamento natural do animal deve ser evitado”, diz ao G1.

Ainda de acordo com Arruda, os veterinários que não cumprirem a proibição estarão sujeitos a um processo ético profissional, além da aplicação de uma multa.

Algumas das raças que costumam ser submetidas a essas cirurgias são: schnauzer, pinscher, boxer, doberman, dogue alemão, pit bull, dogo argentino, mastim napolitano, grifo de bruxelas, american staffordshire terrier e bouvier des flandres.

Saiba mais

Pastor Alemão

Suas origens remotam ao Paleolítico, época em que os homens, durante as caçadas, eram acompanhados por matilhas selvagens que se alimentavam dos restos de alimentos na região da Turígia. Depois, no neolítico, com a criação de ovelhas, os alemães necessitavam de um cão forte e de movimentação rápida acompanhada de um mínimo gasto de energia, além de uma inteligência excepcional, para proteger o rebanho de animais selvagens ou invasores, e impedir que o próprio rebanho destruísse as plantações.

Para essa função foi criada toda a família de cães pastores. Durante 3 mil anos, os alemães foram aprimorando seus cães de pastoreio ninhada por ninhada, até a seleção definitiva, em 1882, por Max von Stephanitz. O Pastor alemao é uma raça de cães de guarda. É muito rápido, agil, forte e preparado, sendo considerado um dos cães mais inteligentes. Foi considerado 3 vezes o melhor cão para se adestrar. Um dos maiores cães de guardas na segunda guerra mundial recebeu a alcunha de 'el diablo' (o diabo, em português).

Devido a sua popularidade é comum encontrar ninhadas sem pedigree, o que é um alto risco para o comprador, que pode adiquirir um cão com desvios de temperamento - desde o mais dócil ao mais agressivo. A compra de um cão equilibrado e com a máxima garantia de sucesso só é segura se com pedigree

A Criação

O criador da raça que conhecemos hoje como Pastor Alemão foi o Capitão da Cavalaria Alemã Max von Stephanitz, que seleciou os melhores cães pastores da Alemanha, tendo cruzamentos até com lobos para aumentar seu tamanho e agilidade; chegando no cão perfeito, o primeiro pastor Capa Preta: Horand von Grafath, conhecido também como Hektor von Nürburgring, que foi apresentado pela primeira vez ao público numa feira de novidades 1882, em Hanover, Alemanha.

Os descendentes de Horand mostraram todo as qualidades desejáveis num cão, e com isso, a raça ganhou um grande número de cães em pouco tempo. Em 1899 Max fundou a Verein für Deustcher Schaferhund, a sociedade que hoje é a maior do mundo em cães de uma só raça. Usado pelos alemães nas duas guerras mundiais, como mensageiro e cão de alarme, foi odiado pelos ingleses e franceses, foi proibido de entrar em alguns países por um tempo e teve seu nome trocado para Pastor Alsaciano, uma vez que era considerado inadequado um nome que evocasse lembranças ruins da guerra contra os alemães.

Somente em 1930 o kennel club autorizou novamente o nome Pastor Alemão. Hoje está entre os três cães com maior número de registros de Pedigree em quase todos os países de cinofilia adiantada. É a raça mais conhecida e difundida no mundo todo.

As Qualidades

Max von Stephanitz jamais selecionou cães apenas por estética ou aparência e porte físico, a não ser que as belezas externas refletissem as belezas internas. Em razão disso, o Pastor Alemão é a única raça que consegue reunir tantas aptidões, como cão pastor, cão de busca e salvamento e também farejador, graças ao seu olfato extremamente desenvolvido, guia de cegos, por sua inteligência e docilidade, cão de companhia por sempre estar querendo agradar o dono, cão de polícia, cão de guerra, e finalmente para guarda por sua agilidade no ataque e latido prolongado. São por esses e outros motivos que o Pastor Alemão é o maior exemplo da máxima: O cão é o melhor amigo do homem.

Filhotes

Nascem quase todos com a cor preta dominante. Peludos e com orelhas para baixo, devem estar naturalmente eretas até os 3 meses de idade. Caso elas não subirem, é recomendado colocar um talo feito em papelão cortado, de preferência no formato exato da cavidade auricular. Eles são muito exploradores, por isso tome cuidado extra.

Padrão Oficial da raça

O cão Pastor Alemão ressalta logo à primeira vista como um animal harmonioso, bem proporcionado, mais longo do que alto e com um perfeito equilíbrio entre todas as diversas partes do seu todo. É um animal nobre, forte e vivaz, substancioso, sem ser grosseiro, evidência tanto em repouso como quando em movimento, perfeito apuro muscular e lapides, tal um atleta em perfeita forma.

É dotado de uma personalidade marcante, expressão direta e destemida, sem contudo se mostrar hostil, confiança própria, firmeza de nervos e uma certa reserva que não o predispõe à amizades imediatas e indiscriminadas; enfim de uma nobreza natural e marcante, seguro de si e que por si só impõe confiança, respeito e admiração. Seus caracteres sexuais secundários são evidentes, dando ao exemplar, logo a primeira vista, a aparência de um macho ou de uma fêmea; aqueles com um porte e comportamento decididamente masculino e estas inconfundivelmente femininas, insertas, porém, de qualquer fragilidade estrutural ou brandura de temperamento.

Caráter e temperamento

Temperamento forte, caráter incorruptível, firmeza de nervos, atenção, fidelidade, coragem e alto espírito de luta são características marcantes da raça; todavia, embora não dado a amizades imediatas e indiscriminadas, quando em companhia de seu condutor deverá permitir a aproximação calma de estranhos, denotando confiança e perfeito controle nervoso mas, quando exigido, ardente e alerta, capaz e desejoso de servir com toda a força de seu caráter e temperamento.

Mais sobre o Pastor Alemão clicando aqui.

Cães da polícia alemã são obrigados a usar sapatos

Os cachorros da polícia da cidade alemã de Duesseldorf, na Alemanha, vão ter que andar na linha e com sapatos. A partir de agora, todos os cães terão que usar sapatos com fibra plástica. E isto não é um pedido, mas uma ordem.

“Todos os 20 cães estão sendo treinados e andar com estes sapatos”, afirmou Andre Hartwich, porta-voz da polícia local. Ele avisa ainda que não são fanfarrões e nem estão pedindo para sair. “Não tenho certeza se eles gostam, mas eles terão que usar”, completou.

Hartwich avisa que a medida é para o bem dos próprios animais. Segundo ele, a cidade é conhecida pelos inúmeros bares e bêbados e, conseqüentemente, pela enorme quantidade de garrafas quebradas no meio da rua. Logo, a medida é para a segurança das patas dos cachorros.

“O serviço de limpeza não consegue remover todos os cacos”, afirmou Hartwich, que disse que é freqüente o número de cães que se lesionam.

Apesar de garantir que os sapatos não têm nada a ver com a moda, os cães só usarão sapatos da cor azul, para combinar com o uniforme dos policiais, disse o porta-voz.

”Agora, nós só teremos que ensinar os cachorros a amarrar os sapatos”, brincou. Já imaginou se a moda pega?

Fonte: Associated Press

Vira-latas são mais inteligentes que cães com pedigree

Um estudo realizado na Universidade de Aberdeen e de Napier, na Escócia, sugere que cachorros vira-latas são mais inteligentes do que os cães de raça com pedigree.

A pesquisa aplicou sete testes, inclusive de QI, em 80 cachorros. Os animais foram avaliados pelo desempenho nos testes e recebiam nota de até 30 pontos.

A média entre os os vira-latas foi de 20 pontos, contra 18 dos cães de raça pura. De acordo com os cientistas, os vira-latas apresentam melhor noção de espaço e resolvem problemas com mais facilidade do que os cachorros com pedigree.

O estudo indica ainda que dos dez cachorros que apresentaram melhor desempenho nos testes, sete eram vira-latas.
"Ser um cachorro de raça pura não melhora a inteligência", diz David Smith, que liderou o estudo. "O risco de ter problemas médicos também diminui para os vira-latas", afirma.

Testes

Em um dos testes, os cientistas escondiam um osso embaixo de uma lata para observar se os cães conseguiam identificar que o objeto ainda existia.

Em outro teste, os cachorros tiveram que encontrar a saída de um labirinto.

O cachorro mais inteligente foi uma mistura das raças Collie e Spaniel, que atingiu nota máxima em todos os testes.

O segundo lugar foi ocupado por quatro cães com raças misturadas: uma mistura de Labrador com Spaniel, outra de terrierr Jack Russell com Cocker Spaniel, um Pastor Alemão com Labrador e uma Lhasa Apso com Poodle.

Smith aponta ainda que, na média, os filhotes que tinham a raça Collie na mistura eram mais inteligentes que outros cachorros vira-latas.

Segundo Smith, os resultados demonstram que a polícia deveria treinar cães vira-latas e não confiar apenas nos pastores alemães de raça pura.

Da BBC Brasil

Loja virtual apresenta produtos para cães

A BitCão é uma loja virtual com produtos comuns como livros e vídeos de adestramento, coleiras e guias, mas também produtos novos e interessantes como um "Afastador de Cães". O produto promete afastar cães agressivos ou indesejáveis. "Ele emite um ultra-som de alta intensidade que interrompe os ataques. Excelente para seus passeios onde tem cães soltos."

Vale a visita pelo menos para ver as novidades: www.bitcao.com.br

Computador consegue traduzir o ladrar dos cães

Cientistas húngaros estão a trabalhar num programa de computador que permite às pessoas perceber o latido dos cães. O sofware deverá perceber várias nuances no ladrar dos cães, segundo noticia a BBC.

Depois de analisar mais de seis mil tipos de latidos, o programa é capaz de determinar se o cão viu uma bola, quer lutar, brincar, detectou um estranho ou quer ir à rua.

Mas o programa de computador pode não ser uma grande ajuda para os humanos: segundo as estatísticas, o software reconhece 43 por cento do comportamento emocional dos cães; os humanos estão perto dos 40 por cento.

Veterinários e autoridades sanitárias condenam presença de animais na praia

Está todo mundo louco para cair na água. Cachorro, então, nem se fala. Especialmente aquelas raças que adoram um mergulho, como labrador e cocker. Na praia, você pensa em como ele poderia se esbaldar no mar, brincar com as ondas, correr pela areia. Mas, se costuma descer para o litoral carregando também o bicho, sinto muito: vai ter de se contentar com as caminhadas, de coleira, claro, no calçadão, sem deixar que ele se jogue no mar.

Do ponto de vista da saúde pública, leis municipais adotadas por cidades litorâneas proíbem o trânsito de animais domésticos à beira-mar. Pelo lado médico, veterinários são unânimes em afirmar: animais domésticos na praia são um problema.

A começar pelo chamado bicho-geográfico, nome de uma larva de verme encontrada nas fezes de cães e gatos que pode penetrar na pele humana e causar coceira e vermelhidão.
Reprodução

A lesão tem um formato sinuoso, daí o nome. "A pessoa coça e acaba levando bactérias para o local lesionado. O que pode levar à infecção", explica a veterinária Maria Paula Martinez Okumura, 32, professora de parasitologia da Uniban. O tratamento humano é feito com pomada, remédio via oral e até gelo-seco, para matar a larva.

Pés, pernas e mãos são regiões mais afetadas. A transmissão ocorre principalmente em locais de areia úmida e sombreada, onde essas larvas podem sobreviver por meses, segundo Maria Paula. "Ela penetra na pele humana por 'engano'. O homem se torna um hospedeiro errático, porque a intenção é passar para cães e gatos e continuar o ciclo. Se seu bicho estiver sadio, ele corre o risco de se contaminar tanto pela ingestão como pela penetração cutânea", diz ela.

No caso dos pets, a maneira de evitar é a velha e boa prevenção, com a vermifugação regular a cada seis meses, em média.

Há ainda outra doença chamada larva migrans visceral, causada por outro parasita, também encontrado nas fezes de animais. A transmissão se dá pela ingestão e afeta, principalmente, crianças. A larva, que permanece dentro do ovo do parasita em locais sombreados e úmidos das praias, vai para o intestino humano e, de lá, cai na corrente sangüínea. Pode provocar febre, aumento do fígado e até perda de visão (parcial ou total).

Exames de fezes regulares, a cada seis meses, podem diagnosticar a presença do parasita nos bichos. O tratamento também é feito à base de vermifugação.

O leitor consciente e responsável dirá agora: "Mas e eu, que recolho o cocô do meu cão e mantenho suas vacinas em dia? Não posso levá-lo para uma corridinha na praia?" Pois é aí que mora o perigo. Segundo os veterinários, o animal saudável pode não contaminar, mas são grandes as chances de ele ser contaminado pelas larvas que, muito provavelmente, já foram deixadas ali por outros cães.

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Da Folha de S. Paulo

Abandono de animais cresce até 1.000% nas férias

No período entre dezembro e janeiro - meses de férias de verão -, o número de animais domésticos abandonados cresce até 1.000%, segundo dados da Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis (Apasfa). A entidade recebe nesta época do ano até 50 denúncias diárias de maus-tratos e abandono de animais em todo o Brasil, contra uma média de cinco nos outros meses do ano.

Luiz Scalea, 40 anos, gerente administrativo da associação, afirma que dois tipos de crimes comuns são cometidos por parte dos proprietários dos animais, principalmente nestes meses.

"Um crime comum é a família inteira viajar por um período longo. Parte dessas pessoas têm os animais como objetos. Abandonam os bichos da rua e jufificam aos filhos pequenos dizendo que na volta das férias outro será comprado. Abandonar um animal é crime", diz.

Segundo ele, outra prática comum é deixar os animais trancafiados em casas ou apartamentos, apenas com um pouco de comida e água, que se esgotam rapidamente.

"Quem tem um animal doméstico em casa precisa começar a tratar os bichos como membros da família. Saber que eles vão viver de dez a 15 anos e que ele sente fome, dor e frio como cada um de nós", diz.

No início deste ano a Organização Não-Governamental Clube dos Vira-Latas flagrou em Mauá, na Grande São Paulo, um cachorro preso na varanda de um apartamento em precárias condições.

Segundo relato da ONG, o dono do animal viajou no dia 27 de dezembro e só retornou na tarde de 2 de janeiro. Membros da entidade foram alertados por vizinhos, sensibilizados com a situação do animal.

"Entramos com uma ação no Fórum de Mauá no dia 4, mas ela foi indeferida. Agora vamos tentar um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça de São Paulo para pedir a guarda do animal, já que vizinhos garantem que ele sofre costumeiramente maus-tratos", diz Andréa Brock, diretora social da entidade.

A lei
A principal lei que protege os animais é a Lei Federal 9.605/98, que trata dos crimes ambientais.

Em seu artigo 32 ela diz que "praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos" tem pena de três meses a um ano de prisão e multa, aumentada de um sexto a um terço se ocorrer a morte do animal.

São considerados maus-tratos abandonar, espancar, envenenar, não dar comida diariamente, manter preso em corrente, local sujo ou pequeno demais os animais domésticos, entre outras práticas.

Como denunciar?
Para que uma denúncia possa ser feita, são necessários dados do agressor, para que a queixa possa ser formalizada. Vale o endereço residencial ou comercial. Em caso de atropelamento ou flagrante de abandono, é prudente anotar a placa do carro para posterior identificação no Detran.

A partir da recolha dos dados, a Polícia Militar pode ser acionada pelo telefone 190. Cabe à autoridade policial verificar a ocorrência. A delegacia do bairro também pode ser procurada para registro do Boletim de Ocorrência ou Termo Circunstanciado.

Outra opção é procurar a Promotoria de Justiça e protocolar uma representação, que é o relato formal dos fatos ao Promotor Público de Justiça que, ao tomar conhecimento dos fatos, poderá requisitar diretamente a investigação policial.

A Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis disponibiliza o endereço eletrônico denuncia.animais@itelefonica.com.br para a formalização de denúncias, que serão acompanhadas pela entidade.

Da Redação Terra

Dachshund (Teckel)

A história do Dachshund (ou Teckel) é bastante antiga e segundo alguns historiadores, a raça surgiu há cinco mil, tendo sido encontrados seu nome e imagem gravados na tumba de um faraó. De qualquer forma, o primeiro registro seguro da raça aparece em 1561, num livro de gravuras onde o Dachshund aparece de maneira inconfundível em sua estrutura física. O primeiro registro oficial foi feito na Alemanha em 1888.

O Dachshund (cão texugo) foi desenvolvido por caçadores alemães que queriam um cão que fosse ao mesmo tempo ágil e resistente além de suficientemente pequeno para que pudesse entrar nas tocas de animais como os texugos, lebres e coelhos e trazê-los para fora ao alcance da mira do caçador. Além do corpo alongado e baixo, os caçadores precisavam de um cão com excelente olfato e muita determinação. Estava criado o Dachshund.

Através de cruzamentos seletivos, a raça foi desenvolvida em 9 variedades diferenciadas: 3 tamanhos (standard, anão e mini) e 3 variedades de pelo: curto, longo e duro – ou arame (este último obtido graças à introdução de linhas de sangue de terriers). Para o acasalamento, no entanto, só são permitidos cruzamentos de cães de pelagens e tamanhos iguais.

Da Alemanha onde ganhou notoriedade pelas suas qualidades como caçador, o Dachshund foi levado para a Inglaterra no século XIX onde passou a fazer parte da corte inglesa, o que foi de grande importância para popularização da raça. Nos EUA, a presença dos Dachshund começou com as importações de matrizes por volta de de 1879 e no Brasil chegaram junto com os colonizadores europeus e eram chamados "paqueiros" por serem exímios caçadores de pacas e sua popularidade o transformou em astro de comerciais, estrelando a campanha dos amortecedores COFAP que este voltou ao ar este ano.

Personalidade

Se, no início, o Dachshund era um valente e destemido caçador, hoje deixou, em grande parte, de lado suas antigas atividades e transformou-se num animal de companhia. Em função do seu tamanho é uma excelente opção para o grande número de pessoas que mora em apartamentos especialmente porque aprende com facilidade os hábitos de higiene. Adapta-se bem a locais pequenos e não é do tipo destrutivo que rói os móveis e come as roupas.

Inteligente, esperto e bastante brincalhão, o Dachshund é também um excelente cão de vigia. Sempre atento, ao menor sinal de aproximação de estranhos late bastante. É um excelente companheiro para crianças e brinca mesmo depois de velho.Convive de forma tranqüila com outros animais e com outros cães mas não foge de uma briga caso seja provocado.

Alguns criadores garantem que existem diferenças de temperamento conforme o tipo de pelo, sendo que os de pêlos curtos seriam mais sociáveis e os pêlos duros mais agitados e até mesmo um pouco mais agressivos, mas isso não é comprovado nem mesmo consta do padrão da raça.

Outra característica importante da raça é sua independência, o que lhe valeu uma (talvez) injusta fama de desobediente. Na convivência em família ele é um excelente companheiro, gosta e respeita a todos, mas dedica-se a apenas uma pessoa que elege como dono.

Os Filhotes

A média de nascimentos do Dachshund é de 2 a 10 filhotes dependendo do tamanho da mãe. Os filhotes devem ser educados pelo dono desde bem cedo para que dono e cão possam ter uma convivência harmoniosa.

É um cão que procura agradar o dono, mas precisa de limites claros e acima de tudo, precisa saber quem é que manda. Segundo os criadores, no caso do Dachshund a obediência aumenta com a idade.

O Dachshund também apresenta uma grande variedade de cores:

Uma cor - vermelho, amarelo avermelhado, amarelo com ou sem mistura de preto.
Bicolor - preto , marrom , cinza, branco nas extremidades com marcações castanho.
Arlequim - castanho claro, cinza claro, branco com manchas desiguais. Manchas grandes indesejáveis.
Arlequim tigrado - vermelho ou amarelo com riscas escuras.
Desqualificantes - preto ou branco sem marcações castanhas.


Convivência

Com a família: todos os Teckels são muito afetuosos com as pessoas da casa e, em geral, estão sempre atrás de alguém. Os exemplares de Pêlo Longo, no entanto, são freqüentemente apontados como os mais apegados da turma. "Gostam de ficar colados em você, enquanto os outros se contentam em estar por perto", compara o criador Paulo Valderramos.

Com outros cães e animais: os Teckels não são dos mais encrenqueiros no que se refere ao relacionamento com outros cachorros. Há vários testemunhos de bom convívio até entre exemplares do mesmo sexo, inclusive de machos, em geral mais territorialistas e inclinados a brigar do que fêmeas. No entanto, também há casos de discórdia. Por isso, se a idéia é juntar machos, opte por exemplares de temperamento não muito dominante e faça com que cresçam juntos.

Quanto ao convívio com outros bichos, a regra é acostumar o Teckel a eles desde pequenos. Senão, é provável que os encare como presas.

Obediente, ser ou não ser?: vontade própria é o lema. Se a idéia é adquirir um cão que sempre acate a todas as ordens e regras, há opções mais indicadas que os salsichas. É que, vez ou outra, eles gostam de testar a liderança dos donos, fingindo-se de surdos ou fazendo alguma pirraça. Companhia constante e boa educação (isso é, impor as normas desde cedo, não mimar em excesso, nem ser rigoroso demais) são as dicas para obter o melhor deles no quesito obediência.

Com gente de fora da casa: esses salsichas, em geral, desconfiam de quem não conhecem. Quase sempre latem para as visitas e dificilmente as festejam de imediato. Ficam de longe observando-as e, às vezes, passados uns bons minutos, decidem cheirá-las e, quem sabe, até se mostram receptivos a um agradinho.

Mas nada de demonstrações esfuziantes de sociabilidade. E mais: os Teckels são valentes. Há vários relatos de exemplares que avançaram em estranhos que invadiram suas propriedades.

Onde é a festa?: brincalhões e ativos, eles curtem uma correria e amam brinquedos. E quanto menor o Teckel, mais energizado ele é. Daí os Miniaturas estarem sempre mais animados e ávidos por uma boa farra.

Mentes que brilham: os Teckels são surpreendentes quando o assunto é associar causa e conseqüência. São do tipo que fica cabisbaixo só de ver o dono se vestindo, pois já sabe que ele vai sair. Também são excelentes para resolver problemas. Há relatos incríveis, como o de exemplares que abocanham a vasilha de água quando vazia e levam-na até os donos, para que seja novamente abastecida.

Com as crianças da casa: os Teckels, como a maioria das raças caninas, não fazem o estilo superpaciente com a molecada. Se crescerem acostumados com a presença de crianças e forem respeitados por elas, a relação é ótima e repleta de muita brincadeira.
Do contrário, estranham o agito infantil e podem não ser amigáveis.

Adoráveis sem-vergonha: uma certa irreverência costuma fazer parte do jeito de ser desses salsichas. Roer móveis, roubar meias, mascar sapatos são diversões irresistíveis para os Teckels filhotes e, às vezes, até para os adultos.

Por isso, a dica é discipliná-los desde cedo, oferecer alternativas de entretenimento e evitar que objetos de estimação dos donos fiquem dando sopa por aí.Au au pra você também: até existem alguns relatos de Teckels bem silenciosos, mas são exceção. Esses cães, em geral, caracterizam-se pelo espírito comunicativo e alerta.

Latem tanto para se comunicar, quanto para sinalizar acontecimentos específicos, como a chegada de alguém ou a presença de um gato no jardim. Os tamanhos menores, afirmam os criadores, tendem a ser mais latidores.

Problemas comuns à raça

O Dachshund enfrenta alguns problemas típicos de raças de cães baixos (como o Basset Hound), entre eles tendência à obesidade e problemas de coluna. A obesidade pode ser controlada fornecendo ao cão alimentos em quantidade adequada (procure um veterinário para definir esta medida) e fornecendo uma quantidade satisfatória de exercícios.

Quanto aos problemas de coluna, que muitas vezes estão associados à obesidade, deve-se impedir que o Dachshund salte de lugares altos e/ou ande em pisos escorregadios. Entre os mais comuns estão:

Luxação da patela (ruptura de 1 ou dos 2 ligamentos cruzados do joelho), por predisposição genética ou por trauma. Osteofitos ou bico de papagaio, causado pelo crescimento exagerado o osso nos espaços entre as vértebras.

Hérnia de disco – causada pela compressão da medula da coluna pelo atrito constante entre as vértebras. Outro problema comum é a dermatite que pode ser evitada dando-se banhos somente quando for indispensável.

Fonte: Clube do Teckel